Pedro aos 24 anos

Pedro aos 24 anos
Pedro alimentando o pássaro

domingo, 7 de abril de 2013

Foto tirada pelo meu filho Pedro Gomes
Patagônia - Argentina

O falecimento do meu filho Pedro continua sem esclarecimento.
O pássaro lá do alto vigia.
O que pensar do Judiciário do Brasil?

sábado, 16 de março de 2013

Fotografia tirada pelo meu filho Pedro Gomes, na Argentina.



Foto tirada pelo meu filho, Pedro Gomes, na Argentina, em fevereiro de 2007
Um olhar único. Uma máquina digital simples. Nenhum trabalho de edição.
Pedro só tinha olhos para o belo.
Seu falecimento em 30 de julho de 2007 continua sem explicação.
A paisagem permanece: testemunho de uma vida roubada.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Para Bel Levy, Carolina Ascoli, Bibi Gregório e Nana Diehl -

As minhas meninas da Gávea
Gostam de ficar no alto
Como, também, não poderia deixar de ser
Sempre sabem aonde ancorar
Mesmo preferindo ficar no mar
Navegando nas águas claras
Princesas do mar
das risadas,
das besteiras,
das conversas fugazes
Cada uma brilha num espectro próprio
e estão sempre em harmonia
Cada uma com seu gosto
e sua alegria
Um brinde à nossa amizade
E viva o desejo
que prolonga nossas noites
e guarda algumas surpresas



Foto: Pedro Gomes
Bel Levy
                                         

Os dias guardam segredos tão escuros
que a noite termina por mostrar
A conversa que parece tão sem rumo
são passos pr'eu poder te abraçar

Mas que ninguém pense que (isso) é proposital
É natural e você sabe muito bem
que a princípio só queria uma amiga
mas tu me fez querer ir além

E a amizade ficou tipo colorida
Tu fez de mim um admirador
Me tirou umas palavras tão difíceis
Me fez expor o que eu guardo só pra mim

Eu te contando meus segredos mais guardados
Fui me encantando com tuas outras belezas
Tua maciez, tuas palavras tão bonitas
Seu carinho, seu afeto, seu amor

Segunda-feira, desses dias bobos e simples
conheci o teu beijo apaixonado
esse beijo mexeu com minha emoção
Ah, morena, és agora minha paixão

Eu me encanto com tua singela timidez
Com teus lábios tão graúdos e macios
Tua atenção que até me deixa encabulado
Com teu rosto que é lindo e tem um brio


---------------------------------------------

Rio, 16/08/04 - Rainha do Mar


Orquídeas da árvore do quintal

Os dias simples nos trazem as maiores alegrias             
E num desses, que eu pensava já perdido
Venci a timidez e descobri seu sorriso
O lance dos mais bonitos desse semestre

Bel, um beijo pra ti

Pedro




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Seqüenciada bactéria que produz 'adubo natural'

Genoma mapeado por cientistas paranaenses trará economia de milhões para a agricultura brasileira
Por: Pedro Gomes Ribeiro
Publicado em 21/02/2005 | Atualizado em 05/11/2009






null
A H. seropedicae é capaz de capturar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em nutriente para as plantas (foto: J. I. Baldani / Embrapa Agrobiologia

A ciência brasileira acaba de engrossar a lista de seres vivos que tiveram seu genoma descrito. Pesquisadores paranaenses concluíram o seqüenciamento da bactéria Herbaspirillum seropedicae , que tem função vital para as plantas. O mapeamento, que pode representar uma economia de centenas de milhões de reais por ano, foi finalizado no final de 2004, mas ainda não foi publicado, pois os cientistas estão estudando os genes para saber quais patentes podem ser requeridas. O estudo demorou dois anos e meio para ser concluída e envolveu 137 cientistas.

A Herbaspirilum seropedicae é conhecida há cerca de 20 anos, quando foi descoberta por cientistas da Embrapa Agrobiologia. Ela chama a atenção por seu grande interesse econômico. “Esse microrganismo é um adubo natural, só na cultura do milho ela reduzirá em US$ 420 milhões os gastos anuais brasileiros”, afirma Fábio Pedrosa, coordenador da pesquisa e professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Essa bactéria só é encontrada no interior de plantas e está presente em diversas espécies de interesse agrícola, como milho, trigo, arroz e cana-de-açúcar. O microrganismo é capaz de fazer a fixação biológica do gás nitrogênio (N 2 ) presente na atmosfera, ou seja, capturá-lo e transformá-lo em amônia (NH 3 ), um nutriente importante para as plantas. Esse processo é fundamental para os vegetais, pois só assim eles podem assimilar e utilizar o nitrogênio do ar.

Ao fixar o nitrogênio, a H. seropedicae evita o uso de fertilizantes que poluem o solo. “Essa bactéria atua como um biofertilizante nitrogenado, o que reduz a agressão ao meio ambiente”, explica Pedrosa. “Ela invade o organismo vegetal e, em vez de provocar doenças, promove seu crescimento."

Foram seqüenciados mais de cinco mil genes de genes, dos quais 57% já têm função conhecida. Já foram identificados os genes envolvidos na fixação de nitrogênio e sua regulação. "Estudávamos esses genes desde 1985", conta Pedrosa. "O genoma veio revelar todos os genes envolvidos no processo. Queremos agora realizar alterações genéticas para que estimule a maior produção de amônia nos vegetais e entender melhor suas características."

Os pesquisadores esperam ainda encontrar genes de interesse medico, farmacológico e ambiental na H. seropedicae . Ela tem, por exemplo, um gene que codifica a produção da asparaginase. Normalmente extraída da bactéria Escherichia coli, essa enzima é comumente usada para o controle de um tipo de leucemia. Foram encontrados também genes para a síntese de uma enzima fundamental para a despoluição de ambientes contaminados com explosivos como o TNT. Assim, a economia que por ora se restringe à área agrícola poderia se estender também à indústria farmacêutica, entre outras.

Os pesquisadores estão envolvidos agora com a garimpagem dos dados obtidos durante o seqüenciamento, para entender em detalhes a biologia da H. seropedicae . A equipe está estudando também o proteoma da bactéria, para determinar a regulação de seus genes em diferentes condições fisiológicas. "Temos muito o que fazer", resume Pedrosa. Ele estima que os benefícios econômicos derivados da pesquisa comecem a surgir dentro de três a cinco anos.

Pedro Gomes Ribeiro Ciência Hoje On-line
21/02/05




Sinal de alerta para o HPV

Identificados fatores que reduzem o número de células de defesa contra o vírus
Por: Pedro Gomes Ribeiro
Publicado em 01/12/2004 | Atualizado em 24/09/2009

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Paraná pode ajudar a compreender melhor como o organismo se defende da infecção pelo temido papilomavírus humano (HPV), responsável por grande parte dos casos de câncer de colo de útero. Segundo o trabalho coordenado pelo ginecologista Nelson Shozo Uchimura, do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (PR), aspectos relacionados à história de vida da mulher ‐ primeira menstruação após os 13 anos, precocidade sexual e cauterizações do colo ‐ teriam uma relação direta com a redução do número de células de Langerhans, importantes no combate ao HPV e ao câncer de colo uterino (carcinoma cervical). A descoberta foi publicada na edição de maio da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia .
 
Estima-se que cerca de um terço das mulheres contraiam o HPV em algum momento de suas vidas. O vírus provoca uma infecção crônica ‐ uma vez instalado, ele permanece no organismo podendo ocorrer regressão espontânea ou desenvolver carcinoma cervical.
 
 
Estima-se que cerca de um terço das mulheres contraiam o HPV em algum momento de suas vidas. O vírus provoca uma infecção crônica ‐ uma vez instalado, ele permanece no organismo podendo ocorrer regressão espontânea ou desenvolver carcinoma cervical.
 
 
 
O estudo paranaense, que também contou com a participação de professores do Departamento de Enfermagem da UEM e do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo, procurou relacionar as causas que levam à redução das células de Langerhans. Pertencentes ao sistema imunológico, essas células são responsáveis pela fagocitose (ingestão e destruição de microrganismos estranhos) e por avisar o corpo sobre a presença de vírus ou tumores. Os pesquisadores avaliaram 30 mulheres cujos exames de captura híbrida foram negativos para o HPV, mas que apresentavam alterações citológicas ou lesões no colo uterino. As pacientes foram atendidas na Clínica da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá, de agosto de 1999 a novembro.
 
 
“Percebemos que as lesões provocadas pelo HPV no colo uterino estavam relacionadas a um número menor de células de Langerhans e, portanto, a uma incapacidade de produzir respostas imunológicas normais”, observa Uchimura. Ele diz que as mulheres que tiveram a primeira menstruação depois dos 13 anos, as que sofreram cauterização de colo uterino e as que iniciaram cedo sua vida sexual apresentaram menor quantidade dessas células. ”Além desses, outros fatores biocomportamentais, como o fumo e o uso anticoncepcionais orais, também contribuem para essa redução”, ressalta.
 
Segundo o coordenador da pesquisa, não foi possível constatar uma relação, nas mulheres avaliadas, entre a idade e a quantidade de células de Langerhans. Também não houve uma diferença significativa na presença dessas células que pudesse ser associada ao número de gestações das pacientes.
 
“A dificuldade de produzir repostas imunológicas normais, por causa dos fatores biocomportamentais citados, associada à presença do HPV nas células do tecido do colo uterino podem contribuir para o início da oncogênese ‐ quando um gene muda o funcionamento normal da célula, podendo levar ao surgimento de câncer”, explica Uchimura.
 
De acordo com o médico, estudos mais detalhados devem ser realizados para aprimorar ainda mais os programas de prevenção e tratamento dos tumores de colo uterino.
 
 
 
Pedro Gomes Ribeiro
Ciência Hoje / RJ
 
 
Revista CH
 
 
 
 
 





O primeiro astronauta brasileiro

Confira a entrevista da CHC com o homem que irá representar o Brasil no espaço!
Por: Pedro Gomes Ribeiro, Instituto Ciência Hoje/RJ.
Publicado em 30/07/2004 | Atualizado em 19/05/20


Em dezembro de 2000, o Brasil ganhou seu primeiro astronauta: Marcos César Pontes. Nessa data, ele concluiu o treinamento básico dado pela Nasa, a agência espacial americana, e foi considerado apto para voar. Hoje, aguarda a chamada para ir ao espaço balançar a bandeira brasileira.




Nascido em Bauru, no interior de São Paulo, nosso astronauta, quando criança, queria ser piloto de avião. De família humilde, filho de um servente com uma escriturária, ele se acostumou a brincar nadando no rio e a correr descalço pelas ruas da sua cidade. Mas nem por isso deixou de estudar. Ao contrário, estudava em dobro: como sua mãe não tinha com quem deixá-lo enquanto trabalhava, ele estudava de manhã e, à tarde, continuava no colégio.

Foi o estudo seu passaporte para o espaço. Ao concluir o ensino médio, Marcos conseguiu passar para a Escola de Especialistas da Aeronáutica e se formou como piloto militar de aviões. Então, não parou de se aprimorar. Atualmente, faz treinamento avançado e participa do programa Estação Espacial Internacional, que reúne 16 países -- entre eles, o Brasil -- na construção e manutenção de um laboratório em órbita da Terra.

Na entrevista a seguir, o astronauta brasileiro conta para os leitores da CHC como é o seu treinamento, fala sobre a Estação Espacial Internacional e dá dicas para quem sonha em ir ao espaço. Confira!

Quando criança, você sonhava em ser astronauta?
Eu cresci vendo aviões, adorava ir ao aeroclube. Meu sonho inicial era ser piloto da Força Aérea, e foi o que me tornei. Não me preparei para ser astronauta, mas minha carreira se tornou típica de um astronauta, com formação como piloto e engenheiro aeronáutico.

Nos filmes, o treinamento dos astronautas é cheio de emoção: eles são expostos a perigos e fazem exercícios malucos. Como é, na verdade, o seu treinamento?

O treinamento é muito técnico. Nos primeiros dois anos, fiz o treinamento básico: conheci e aprendi a operar em detalhes os sistemas do ônibus espacial e da Estação Espacial Internacional. Fiz também vários cursos: geologia, medicina de emergência, sobrevivência -- que ajuda a manter a calma em um momento tenso. De 2000 para cá, faço o treinamento avançado: qualificações em várias áreas, como robótica e mecânica orbital.

O que é a Estação Espacial Internacional? É um laboratório que fica em órbita da Terra, a 400 quilômetros de altura. Ela tem uma área de 10 mil metros quadrados, pesa 700 toneladas e gira em uma velocidade de 28 mil km/h, dando uma volta na Terra a cada hora e meia. Sua função é a de laboratório porque, na Terra, temos a gravidade. No espaço, ela praticamente não existe, o que favorece a realização de muitos experimentos em física, química, medicina, farmacêutica e tudo mais. Por isso é interessante que nós, brasileiros, tenhamos acesso a esse laboratório.

Qual seria a sua função em uma missão espacial?
Como todo astronauta, tenho a função de montar a estação espacial, de operá-la e todos os seus sistemas: os equipamentos, fazer a manutenção dela, do ônibus espacial etc. Além disso, tenho a responsabilidade de realizar os experimentos que serão levados para lá. Posso, por exemplo, passar três meses na Terra estudando um experimento e vendo exatamente tudo o que eu tenho de fazer para repetir a mesma coisa no espaço.

Você é primeiro astronauta brasileiro da história. Como é representar o país na Estação Espacial Internacional?
É uma grande responsabilidade, pois sirvo como uma bandeira móvel. Qualquer coisa que eu fizer, não é o Marcos que está fazendo, é o astronauta brasileiro, aquele que representa 170 milhões de pessoas.

Muitas crianças sonham em ir ao espaço. Na sua opinião, o que elas precisam ter para conseguir isso? A sua participação abre portas para outros astronautas?

Sem dúvida, eu sou como um ’rompe-mato’ -- aquele que abre a trilha, se corta muito, mas deixa um caminho aberto atrás de si. Eu sou o primeiro, mas não quero ser o único nem o último. Quero que isso se propague para outras pessoas, que o Brasil mantenha sua participação na Estação Espacial Internacional. Com a continuidade normal da participação do Brasil nesse projeto, há chance de irem outros astronautas. Agora, vai depender deles. Quem quer ser um astronauta precisa ter persistência, sonhar alto sempre e correr atrás do que quer, independentemente das dificuldades. Não olhar a dificuldade que está à frente, mas o objetivo que está além da dificuldade.

Para saber mais, visite o site de Marcos Pontes

Pedro Gomes RIbeiro
Instituto Ciência Hoje/RJ.