Esse patriarcalismo que o português impôs aos outros povos reflete até hoje na sociedade brasileira também na relação homem-mulher. Ao homem cabe o poder, a força, a razão e tudo isso eu, Pedro, sempre desconfiei. Mas aprendi que à mulher, classificações como sexo frágil ou aquela que se pauta pela emoção são formas de se construir uma mulher dependente em relação ao homem; dependencia como seria a do africano e do indígena em relação ao português. Mas a palavra final, na sociedade brasileira, dentro do ambiente familiar, é da mulher, os problemas íntimos sempre caem no colo da mulher brasileira, responsável por solucioná-los. O homem vende aos outros homens um poder sobre a mulher, e os outros homens sabem que precisam comprar esse juízo, afinal eles também querem que os outros homens o vejam assim também. Mas é saudável notar que com o crescimento das grandes cidades, pesou à mulher a responsabilidade de educar os filhos sozinha, pesou à mulher o cargo de chefe de família, mas a elas, e no fundo, isso não foi um peso, sobre elas sempre pesou essas responsabiliodades, mas, antes, o homem, quando saía de casa com sua família, fazia questão de ser o porta-voz da casa, por mais que no ambiente familiar não o fosse.
(postado originalmente por Pedro Gomes em 21 de maio de 2007 no Blog http://pedro-gomes.blogspot.com/)
Pedro, sempre que você fala da mulher, eu me identifico e sinto o quanto você valoriza nos seus textos o meu papel de mãe e pai ao mesmo tempo. Chorei quando li:
ResponderExcluir"E minha mãe
que é dona do amor
e do amar
está sempre a me olhar"
Ainda choro...
mamãe